quinta-feira, 5 de março de 2009

"A história dos Mutantes começa em 1964, quando Arnaldo Baptista é convidado a entrar para o grupo The Wooden Faces por seu irmão Cláudio César Dias Baptista, então guitarrista da banda. Um ano depois, discordâncias em relação ao estilo musical que os Wooden Faces deveriam seguir decreta o fim do grupo. Arnaldo e outro integrante, Raphael Villardi, conhecem Rita Lee e decidem formar com Sérgio, irmão mais novo de Baptista, uma banda chamada Six Sided Rockers. Cláudio César passa a ficar "nos bastidores" construindo todo o equipamento, mesas de som e instrumentos da banda, inclusive as lendárias "Guitarras de Ouro" de Sérgio e Raphael.
Ainda em 1966, gravam um compacto pela gravadora Continental, "Suicida / Apocalipse", agora renomeados para O'Seis. O grupo não autoriza, mas mesmo assim a gravadora decide lançar a gravação, que vende pouco mais de duzentas cópias . . ."


Com apenas duas faixas a banda O´Seis era lançada para o mundo - ou para um mundo obscuro e sombrio, onde ouvidos atentos faltariam e a escuridão seria quase uma ordem. O Suicida / Apocalipse é o nome do compacto nada adocicado da banda.



copiem esta porra e colem no brownser: http://www.badongo.com/file/8571809

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Gil Scott-Heron é um poeta, escritor e compositor estadunidense. Vindo da tradição estética da poesia negra do seu país (de gente como Langston Hughes ou Claude Mckay, com a métrica e a musicalidade dos grandes) e misturando essa tradição com o soul e com o jazz, ele acabou por criar o rap, no final dos anos 60. Esse Free Will (1971) é o terceiro álbum e o segundo de estúdio do grande Scott-Heron. Um disco de soul e blues, com seus poemas servindo de letra. Músicas como "The Get Out of the Guetto Blues" ou "Free Will", ou a balada soul "Speed Kills" são hinos para mim! Baixo, piano elétrico e acústico, backing vocals, flautas, percussões e bateria e toda a sentimentalidade politizada deste homem que pensou em mudar o mundo, que tentou mudar o mundo, que se desapontou com o rap e com os negros do rap ainda em 1985 e que agora, neste momento, está enjaulado por porte de cocaína. Um poeta como ele não se prende, apenas porque não é possível prende-lo: "Ain´t it nice to fly, / You´re waving as soft clouds go by, / But peace won´t be still of its own free wil". Gil Scott-Heron. Gil Scott-Heron. Gil Scott-Heron.



copie e cole o endereço abaixo, que não consegui faze-lo um link que funcione: http://www.mediafire.com/?ayuy769g2mn

sábado, 3 de janeiro de 2009

Julio Florencio Cortázar foi um escritor belga, de pais argentinos. Passou grande parte de sua infância sendo uma criança triste na Argentina. Mestre do conto curto e da prosa poética, foi um grande escritor e um grande homem, sempre atento as questões políticas, sobretudo na américa latina. Em 1959 lança o livro Las armas secretas. Neste livro há o conto As Babas do Diabo, que inspiraria anos depois o filme Blow-Up (1966), do Michelangelo Antonioni. A trilha foi composta por Herbie Hancock, e também tem músicas dos grupos The Yardbirds e Tomorrow. Essa aqui vai pro meu amigo querido, Eduardo Escarpineli, como presente de aniversário atrasado. ;)



http://sharebee.com/2f1073e0

NINA SIMONE SINGS THE BLUES

1967 e o primeiro do Pink Floyd ainda com o Syd Barrett, o primeiro do Caetano Veloso, com Gal Costa, o “Their Satanic Majesties Request”, do Stones, que é o único que eu tenho até hoje, o primeiro do Velvet Underground, o primeiro dos Doors, da Janis Joplin, o “Sgt. Peppers”, dos Beatles, o “Are you experienced?”, do Hendrix Experience, etc, etc, etc, estavam sendo lançados. Nina Simone lançou o seu “Nina Simone sings the blues” também em 1967. Após alguns anos sem gravar, ela assina com a RCA e lança esse disco - e que beleza, e que dor... “In the dark” é linda! Piano, guitarra, gaita, bateria e uma voz alta, que grita com um reverb. “My man´s gone now” do Gershwin (da ópera “Porgy and Bess”), numa versão incrível, com um baixo marcado – e eu não vou falar nada sobre sua voz, claro. Tem também “Since I fell for you”, “Blues for Mama”, e tem uma versão muito esquisita e veloz de “The House of The Rising Sun”, que ela havia gravado antes, em 1962 – antes da banda The Animals, que imortalizou a canção. E tem... “Backlash Blues”. Uma de suas canções pelos direitos civis dos negros, com letra do grande poeta (e amigo dela) Langston Hughes.

Tracklist:

1. "Do I Move You"
2. "Day and Night"
3. "In the Dark"
4. "Real Real"
5. "My Man's Gone Now"
6. "Backlash Blues"
7. "I Want a Little Sugar in My Bowl"
8. "Buck"
9. "Since I Fell for You"
10. "The House of the Rising Sun"
11. "Blues for Mama"
Bonus tracks for 2006 reissue
1. "Do I Move You" (2nd version)
2. "Whatever I Am"

Banda:
Nina Simone: vocal, piano
Eric Gale: guitar
Rudy Stevenson: guitar
Ernie Hayes: organ
Bob Bushnell: bass
Bernard Purdie: drums, tympani
Buddy Lucas: harmonica, tenor sax


Faixa 13:
Nina Simone: vocal, piano
Eric Gale: guitar
Everett Barksdale: guitar
Weldon Irvine: organ
Richard Tee: organ
Jerry Jemmott: bass
Bernard Purdie: drums
Gordon Powell: vibes, percussion
Montego Joe: percussion
George Devens: percussion
Joe Shepley, Jimmy Nottingham, Harold Johnson, Wilbur Bascomb: trumpets
Jimmy Cleveland, Richard Harris: trombones
Seldon Powell, George Coleman, Norris Turney, Haywood Henry: saxophones
Ralph H. Fields, Eileen Gilbert, Jerome Graff, Milt Grayson, Hilda Harris, Noah Hopkins, Maeretha Stewart, Barbara Webb: vocals

Arranged and conducted by Weldon Irvine





copie e cole esta melda aí, que não consegui fazer disso um link válido: http://sharebee.com/6d8cc36a

terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Without hesitation, one of the most important, hard and astounding electronic class band is Kluster, made entirely out of an express desire to challenge the art and the movement of its kind (a kind to be discovered, entirely by one's own listening and recommendation). Revealed a lot as magisterial under the progressive electronic school of thoughts, dynamics and experiments (German-style, naturally, despite some influences that seem totally private, and others that numb out no particular music at all), the band's musical concept is yet far from such an easy definition (or even a ragged-drone one), mixing the hysteria or the silent respect of the krautrock/acid movement, deepening the experiment towards intricacy, desperation, no-logic, mechanical motion and abstractionism, or creating noise or independent electronic movements."

Enfim: Conrad Schnitzler, do Tangerine Dream, e os incríveis Moebius e Roedelius juntos formaram a banda Kluster e seu álbum de estréia é este Klopfzeichen, de 1970. A música que dá nome ao disco é dividida em duas partes, uma de vinte e três e a outra de vinte e um minutos. Repleto de ruídos, acordes dissonantes, loops, sons estridentes, graves fortes, etc., este disco é dos mais lindamente experimentais que já ouvi. Eles usaram sintetizadores analógicos na feitura do disco, e alcançaram sonoridades realmente loucas. Nesta edição tem uma terceira música, gravada ao vivo.



Kluster - Klopfzeichen (1970) [1998 CD Reissue]
Phew é uma cantora japonesa. Antes deste disco, ela cantava na banda punk Aunt Sally. Neste Phew, de 1981, ela conta com Holger Czukay e Jaki Liebezeit, ambos do Can. Gravado na Alemanha, este disco traz canções sombrias como a música "Dream", tanto quanto músicas mais velozes, além de seus flertes com a disco (dissonante, como sempre a disco foi pros da boa e velha no-wave), como na música "Closed". Baixos incríveis, baterias e percussões potentes, sintetizadores perfeitos, um sax louco e volumoso (na música "Mapping"), guitarras dissonantes, timbres esquisitos e vocais claramente inspirados nos vocais da Yoko Ono do meio dos anos 70 e início dos 80. Difícil não prestar atenção a este disco de músicas fortes e loops hipnotizantes, vezes velozes, vezes não - mas sempre fortes. Krautrock, No Wave, Avant-Gard, nem me importo. O que sei é que é tão louco quanto bom.



Phew - Phew (1981) [2001 CD Reissue w/Bonus Tracks]

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Lembro exatamente da expectativa que eu tinha acerca de Brown Bunny (2003), um filme do Vincent Gallo. Porque a trilha era do John Frusciante e porque o filme tinha a Clöe Sevigny como atriz e, claro, porque era um filme do Vincent Gallo. Eu já tinha assistido o anterior, de 1998, Buffalo 66, e sabia que iria adorar o seu predecessor. Um road movie esquisito, como seu criador, cheio de silêncios - ou feito de silêncios? - numa paisagem onde as coisas não parecem caminhar. A trilha sonora, além de contar com o experimentalismo lírico e (mais que nunca) delicado de John Frusciante, também conta com outras canções, sempre emocionantes, como "Come under with me", do maestro e compositor Jeff Alexander (composta para o seriado de tv "The Twilight Zone", em 1964, e cantada lindamente pela atriz Bonnie Beecher), ou a belíssima "Milk & Honey", um folk delicado e elegante do obscuro Jackson C. Frank, música retirada do disco de 1965 ("Jackson C. Frank"), seu primeiro álbum, gravado em Londres em menos de três horas e produzido por Paul Simon.